Está nascendo o Brique do Parcão


 


Na tarde escaldante, os raios do sol atravessavam a árvore sustentável feita com materiais recicláveis no centro do Parcão da 79, como uma mensagem de que recomeços são possíveis após mais de dois anos de pandemia. Essa esperança levou vendedores das mais diversas áreas a montarem seus estandes na Rua Angelino Loranzi, ao lado, no sábado e domingo, 10 e 11.

Com ou sem gazebos, os expositores formaram no local, ainda que temporariamente, um autêntico “Brique do Parcão”. O nome ainda não foi oficializado, mas já está anotado na caderneta de bolso do prefeito Luiz Zaffalon, que visitou o evento e conversou com os feirantes. O novo espaço de negócios aberto à comunidade, tem potencial para acolher e reforçar as vendas microempreendedores individuais (MEIs) e pode funcionar a cada 15 dias, movimentando um pouco mais da economia no centro da cidade.

O Projeto Rua Aberta, coordenado pela Prefeitura, trouxe para o local artesãos, lojistas, empreendedores e empreendedoras dos projetos Feira de Rua, Entre Ellas e da Associação dos Usuários do Caps AD, presidido pelo Luiz Antônio Dalla Lana Cecchin e pela Silvana Beatriz Borges Fernandes, a Bia, lar de uma série de projetos sociais e comunitários. Essa foi a galera do sábado, mas muitos deles se juntaram aos mais de cem que vieram expor no mesmo local no domingo, revelando todo o potencial do evento.

A coordenadora do Feira de Rua, Letícia Martins, contou que o projeto nasceu em 2020, originalmente na rua Pedro Vargas, bairro Salgado Filho, com apenas 13 expositores. Desde então, muitos outros se juntaram ao projeto, que mesmo durante a pandemia só parou quando vigoraram as bandeiras pretas.

“Em abril deste ano, fomos convidados pelo prefeito para expor no Parcão e desde então fazemos nossa feira aqui, no segundo sábado de cada mês”, conta ela.

A lojista Zete Blehm, dona da Di Eliz, que participou da feira com as meninas do Projeto Entre Ellas, comemorou a possibilidade de criação do Brique do Parcão.

“Essa ideia me deixou muito empolgada, porque sou empreendedora e sonho com algo desse tipo há tempos. Quando presidi o Conselho Municipal de Turismo, trouxe para o grupo a sugestão de criarmos em Gravataí algo nos moldes do Brique da Redenção, que existe há tantos anos em Porto Alegre. Quando minhas amigas do Entre Ellas, do qual faço parte, me convidou para participar como feirante, achei maravilhoso. É preciso abrir caminho para que as empreendedoras locais tenham seu trabalho reconhecido. Acho excelente que nosso prefeito esteja atento para isso e que o projeto continue. É só desengavetar a minuta do projeto que deixamos no Comtur e fazer as adequações necessárias, que com certeza vão valorizar este espaço maravilhoso, que é o nosso Parcão. Vai atrair mais visitantes para Gravataí e reforçar a economia local”, destacou Zete.


Zete Blehm: Brique do Parcão é um sonho antigo que se realiza



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