Tem um ensinamento bíblico que eu aprecio muito,
registrado no capítulo 8, versículo 32 do livro de João, no Novo Testamento:
“...Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Quero aplicar esse
princípio hoje a uma questão muito comum da vida moderna, que é o
compartilhamento de mentiras como forma de atrair leitura para conteúdos ou
clientes para negócios publicados em redes sociais. De forma geral, chamamos
isso de “fake news”, em alguns casos, "golpe", e há muitos exemplos disso quando acessamos nosso
smartphone (celular). Me chamou atenção algo que tenho visto com frequência,
que são anúncios patrocinados (pagos) publicados como se fossem uma notícia,
com o nome de famosos no título, como se eles tivessem cometido algum crime,
tipo “... Fulano de Tal pode ser expulso do País”. Quem já acessou um desses
conteúdos, como eu, verifica que na verdade se trata de material informativo
sobre algum tipo de produto físico ou digital, ou algum tipo de investimento
que vem sendo utilizado pelo famoso citado, com resultados positivos.
Não sei se as informações são verdadeiras, nem estou
questionando isso. Minha dúvida é se algo que precisa de uma mentira para
despertar o interesse de alguém é realmente sério, verdadeiro. Até pode ser que
o produto, serviço ou investimento em questão seja algo bom, mas tenho certeza
de que o título, a chamada para leitura dessa informação patrocinada e
amplamente difundida nas redes sociais, é falso, é uma mentira.
Com base no que eu afirmo isso? Na nossa Constituição
Federal, que em seu artigo 5º, inciso XLVII, proíbe a expulsão de qualquer
brasileiro do Brasil como pena por cometer crimes, que é o que os títulos
dessas propagandas enganosas estão fazendo os internautas desavisados pensarem.
Essa é a verdade e conhecê-la pode nos libertar dos riscos de cair em algum
golpe, ou no mínimo, de viver com uma mentira.
Também não sei se as
pessoas famosas – atores, atrizes, apresentadores, apresentadoras, modelos,
empresários, jogadores de futebol – citados nesses títulos mentirosos sabem ou
concordaram em participar dessas propagandas disfarçadas de notícia. Acredito
que a questão mais importante seja a sociedade e as autoridades se mobilizarem,
criarem meios, filtros para que as pessoas corram um risco menor de serem
enganadas ao usar uma ferramenta tão importante e de tão bom potencial como é a
internet e suas redes sociais. Sei que já temos tecnologia para denunciar
conteúdos maliciosos e enganadores para nos ajudar com isso e eu mesmo já
utilizei esses meios. Só que nem todas os usuários das redes sociais sabem
fazer isso e aposto que a maioria dos que sabem, prefere simplesmente ignorar e
não acessar conteúdos desse tipo. Igualmente entendo esse comportamento, porque
já fiz isso. Acredito que dá para melhorar a internet, sem privar ninguém do
direito de opinião, nem agredir a liberdade de informação, mas algo precisa ser
feito, até para proteger a credibilidade das redes sociais.
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